IPCA-15 recua e fica em 0,57% em abril

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Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil

Resultado é menor do que esperado e também entra no intervalo da meta de inflação. Pela primeira vez fica abaixo de 5%, desde fevereiro 2021

Considerado a prévia da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,57% em abril. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a prévia do IPCA-15, divulgada a cada 15 dias, apresentou desaceleração no índice quando comparado com mês de março, quando ficou em 0,69%. Em abril de 2022, o IPCA-15 foi de 1,73%.

O IPCA registrou acúmulo de 4,16% na janela de 12 meses. Primeira vez em que o indicador fica abaixo de 5% desde fevereiro de 2021. Trata-se também uma redução em relação aos 5,36% anotados no mês passado. Os números ficaram um pouco abaixo das expectativas de mercado. 

O economista Alessandro Azzoni, explica que essa desaceleração na inflação se deu por causa do setor de transporte. Ele estima que será preciso  um bom ritmo de produção no gênero alimentício para manter bons resultados. “Houve uma desaceleração no processo inflacionário e os fatores que acabaram puxando essa redução foram transportes e o preço dos combustíveis. O que vai depender agora de a gente continuar tendo uma redução nesses preços é no gênero de alimentos  Na questão de produção é se não tivermos algum problema climático ou estiagem prolongada, ou excesso de chuvas ou geadas com a questão do outono inverno”.

Azzoni lembra que há uma expectativa  alta para o mês de maio, mesmo que ponderada. “Agora no mês de maio nós temos ainda o consumo do Dia das Mães, então você pode ter uma expectativa um pouco de alta na questão dessas famílias, porque pode ter uma variação nesse sentido. Mas não  era uma variação que nós considerávamos uma redução tão grande”.

Todos os nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês, com maior variação vinda do grupo de Transportes (1,44%). Na sequência, aparecem os grupos Saúde e cuidados pessoais (1,04%) e Habitação (0,48%). Já alimentação e bebidas (0,04%) recuaram em comparação a março (0,20%). Os demais grupos ficaram entre Comunicação (0,06%) e Vestuário (039%). O índice é um dos parâmetros usados pelo Banco Central (BC) para definir a Selic, a taxa básica de juros do país.
 

Fonte: Brasil 61

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